quinta-feira, 31 de maio de 2012

PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS EM MANIFESTAÇÕES CULTURAIS...

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisca Gomes Batista, de Brejo Cruz, mobilizou seus alunos, no trabalho de resgate das origens culturais do nosso Município. O incentivo à leitura e ao aprendizado foi um dos temas dos quais o educandário participou previamente, incutindo em todos, o interesse na aprendizagem e valorização das raízes culturais.

Alunos participaram das comemorações da festa junina, na dança da quadrilha, um evento cultural da nossa cidade, que teve sua origem na Europa. Foi trazida para o Brasil, caindo no gosto popular, no século XIX, mas muitas modificações foram acrescentadas, tanto na introdução de instrumentos  e músicas diferentes, como na  evolução na dança.

Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisca Gomes Batista se esmeram na participação, com desenvoltura, alegria, contribuindo para a coesão cultural do nosso Município.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ETNIAS DO MUNICÍPIO DE BREJO DO CRUZ...


O sertão da Paraíba "era habitado pelos Cariris, que se dividiam em tribos: pegas, panatis, sucurus, ariús ou ariás, coremas e possivelmente outros tapuias que não eram cariris" (Elpídio de Almeida, citado no livro, Brejo Do Cruz Fragmentos Para Sua História, de Raimundo Ferreira Galvão, 1988). O cultivo rudimentar do milho, mandioca, algodão e fumo é constatado em alguns registros históricos sobre esse tempo, também dedicavam-se à caça e pesca. Mas eram nômades e mudavam-se de acordo com o incidência de sêcas ou chuvas. O contato com os brancos foi fatal para as tribos e a exterminação foi uma consequência. Porém foi a miscigenação do branco com o indígena que deu origem ao caboclo, etnia predominante na nossa região. A influência negra é menor, comparada ao índio, devido ao fato da cultura canavieira não ter sido forte como em outros Estados nordestinos, embora, a influência do negro esteja bem presente na nossa cultura. A pecuária foi a principal atividade dos colonizadores, no sertão e os currais de gado substituíram as tribos indígenas.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS AFRICANAS...

O intercâmbio cultural entre os Portugueses, Africanos e Indígenas foi fortemente fundido na língua, costumes, culinária, forma de pensar e práticas religiosas do nosso País. Nos Engenhos de Açúcar, o contato do branco com o africano era constante. A velha preta sendo a ama dos filhos dos senhores, lhes ensinavam as primeiras palavras, as cantigas de niná, e contos, sob a luz das suas culturas. A formação de uma cultura afro-brasileira foi uma sequência natural, cuja homogeneidade aconteceu no decorrer dos tempos, não muito pacificamente, em vários casos.

No tempo do Brasil colonial, as manifestações culturais mais  aceitas foram as Portuguesas, enquanto que muitas das expressões culturais dos escravos africanos foram desvalorizadas ou até proibidas. É o caso das religiões e da arte marcial da capoeira. Só a partir do Seculo XX é que  começam a ser estimuladas e incentivadas, mas nem todas ao mesmo tempo.


O samba teve seu reconhecimento a partir do século passado, sendo admirado quando se destacou na música popular brasileira e foi no Governo da Ditadura do Estado Novo, de Getúlio Vargas que políticas de incentivo à cultura afro-brasileira possibilitaram o desfile das Escolas de Samba, componente integrante da imagem carnavalesca do País.


As perseguições religiosas, só cessaram a partir da metade do Seculo XX. Foi então que a Ubanda passou a ser seguida por adeptos de outras classes sociais e dez anos depois as religiões afro-brasileiras conseguiram o status de aceitação por todas as camadas da sociedade brasileira.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ARTESANATO DA PALHA DE CARNAÚBA ...

Artesanato feito com a palha de carnaúba, fibra vegetal, abundante no Nordeste, tão presente na nossa região e município, teve sua origem nas comunidades indígenas que por aqui viviam. Esteiras trançadas em palha, caçuás, cestas e balaios para carregar e armazenar vegetais, grãos; e chapéus de palha, bolsas, abanos, arupembas fazem parte da riqueza artesanal do nosso município, fonte de renda de vários artesãos.


REUNIÃO DA COMISSÃO PRÓ-SELO...


Na reunião da Comissão Pró-Selo, com os mobilizadores da cultura, educação, esporte, saúde, ação social, com a presença da Secretária de Educação, Maria Aparecida Linhares, um representante do Conselho Tutelar, foram discutidas as atividades em desenvolvimento a serem concluídos e apresentados no Segundo Forum do Selo Ação UNICEF, edição 2009-2012, no Município de Brejo do Cruz, PB.

Alunos do Pró-Jovem e mobilizadores da Comissão Pró-Selo (foto acima), Valdenir, mobilizador do Esporte, Marta, (centro) da Cultura e Adriana, mobilizadora da Educação.

Mobilizadores da Saúde, Casa da Família, Pró-Jovem e a articuladora do Selo UNICEF, Francisca Alves (à esquerda).



LENDAS AFRICANAS...

As lendas e mitos Africanos estão ligados à criação do mundo em caracterizações religiosas, onde Oxalá depois da criar o universo, distribui aos orixás os diferentes elementos e forças da da natureza, para que as protejam e reinem sobre eles.



terça-feira, 22 de maio de 2012

LENDAS INDÍGENAS NO NOSSO FOLCLORE...

O CAIPORA, OU CAAPORA
O Caipora era um Deus protetor dos animais da floresta, dos rios, cachoeiras e de toda natureza. É um menino cabeludo, que anda montado num porco, com um cachimbo, e na aproximação do caçador, espanta os animais e apronta todo tipo de armadilha para desorienta-lo, e segundo a crença popular, sobretudo nas sextas, domingos e dias santos. As vezes é visto, mas é muito rápido, sai correndo em zigue-zague, montado no seu porco e consegue fugir. Porem há um meio de apaziguá-lo., pois o Caipora gosta de fumo e assim, conta a lenda, que os caçadores levavam um pedaço de fumo de corda, deixando no tronco de uma árvore com o seguinte dizer: "toma caipora, deixa eu ir embora"

IARA
É a dama das águas, também chamada mãe d´água, habitando toda água doce, seja rios, lagos, cachoeiras. É muito atraente, encantando os homens que se aproximam da água. Tem forma de sereia, ou seja, metade humana, metade peixe e quando os homens caem sob o seu fascínio, os leva para seu encantado palácio, no fundo do rio, ou lago.


O LOBISOMEM
A lenda diz que um homem muda para a aparência um animal, como um porco grande, que é metade lobo, metade humano, e aparece nas noites de lua cheia, depois da meia noite, usualmente nos caminhos de um  lugarejo, cidade, com a finalidade de atacar quem por lá passar, tanto pessoas, como animais domésticos.


São muitas as lendas indígenas, mas na região, essas são as mais difundidas e associadas com nosso cotidiano. As lendas foram o que resultou das crenças dos índios, depois de terem a estrutura de suas vidas desmoronadas pelo catequismo forçado e cultura dos conquistadores.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRICANA NO NOSSO DIA A DIA...


Os Africanos entraram em nosso país como escravos, porém sua contribuição para a nossa cultura foi além da importância econômica de seu trabalho forçado. Vindos de diversas partes do Continente Africano, trouxeram suas raízes culturais e as transformaram, junto com sua religião, numa cultura de resistência social, mesclando-se com a indígena e a dos europeus, resultando na grande riqueza de diversidade, essa riqueza cultural do nosso País.


Na nossa região do sertão, os destaques na culinária são vários. Cocadas, bala de coco, cuscuz são entre outras contribuições que são saboreadas no nosso cotidiano, mas, nada se iguala em popularidade à feijoada. Tem sua origem nas senzalas. Era feita das sobras de carnes que os senhores de engenho não comiam, como as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas ao feijão preto, num grande caldeirão, originaram um dos pratos mais populares da nossa cozinha.


Jogos: Matacozona
Jogo de sementes de baobá que deu origem ao jogo de pedras, com 5 pedras, que ainda hoje encanta a meninada do nosso município e que fez parte dos jogos de infância de todos nós.







O pilão, um utensílio tão presente nas cozinhas de outrora, ainda é usado para pilar grãos e sementes. E junto com a peneira, colher de pau e alguidares fazem parte dessa valiosa herança cultural dos povos africanos.












Palavras de origem africana usadas no nosso vocabulário:

gabar, chacota, calunga, dengo, caçula, cafuné, moleque, quitute, samba.



domingo, 20 de maio de 2012

INCORPORAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA NO NOSSO COTIDIANO...

O legado cultural indígena está presente no nosso dia a dia, não só no uso dos utensílios de palha, barro, como nos costumes. Andar descalço, tomar banho de rios, ficar de cócoras, em conversa com amigos, foram elementos incorporados na nossa vivência e o uso da rede de dormir, tão adaptada

ao nosso clima, tornou-se um ícone da cultura nordestina e objeto de grande importância na economia da nossa região. A rede de dormir, para nós sertanejos é, talvez, a herança mais valiosa que recebemos dos povos indígenas, tornando-se uma aliada, com seu balanço, na adaptação do nosso clima.



Uma das maiores contribuições indígenas para a nossa gastronomia foi o uso dos frutos e plantas nativas, como a mandioca, uma raiz que era a base alimentícia de várias comunidades indígenas em diversas regiões, do país, principalmente no Nordeste. E entre os pratos mais populares feitos com a mandioca, a tapioca, que é um bolo bem fino, de formato redondo, se sobressai, como o preferido e mais consumido entre os nordestinos, presente em muitas mesas no café da manhã, tendo seu gosto se espalhado por todas as regiões do Brasil..



Além da mandioca e seus derivados como a farinha, o pirão, beiju, mingau, temos também, como herança vegetal indígena, na nossa área, o milho, a batata doce e vários frutos como mamão, araçá e caju, incluindo fibras como o algodão, piaçava para fabricação de vassouras e um tipo de abóbora para fazer cabaças, usadas para armazenar água ou farinha.


É marcante a influência indígena na Língua Brasileira. No período de colonização e desbravamento do interior, os índios nomeavam coisas do lugar, como a flora e fauna, rios e costumes para os europeus, de sorte que o tupi foi a língua mais falada no Brasil até o século XVIII. O europeu necessitou aprender a língua do índio e apesar do Portugês ser a Lingua oficial, em documentos, o tupi era a língua falada. São muitas palavras indígenas usadas no nosso cotidiano: Listamos algumas.

Cupim (kupi’i): térmita, cupim.
Jururu (provável variante de cururu: sapo): melancólico, tristonho.
Lengalenga (nheenga = fala + nheenga = fala): muita conversa, conversa fiada.
Mocó: roedor da família dos cavídeos; na gíria, casa rústica. Diz-se também da pessoa caipira, jegue, cafona.
Nhen-nhen-nhen (forma apocopada de nheeenga-nheenga, usada nas regiões onde houve influência guarani). O mesmo que lengalenga.
Oi: saudação tupi.
Saúva (Yçá = formiga + aú/aúba = comer): espécie de formiga.
Sururu (seru’ru = mexilhão): mexilhão; revolta, motim.
Tapera (taba = aldeia + puera = o que foi): aldeia abandonada; casa em ruínas.
Tiririca (aimotyryryk = arrastar): planta que se espalha. Diz-se também da pessoa zangada, brava por algo.
Toró (forma sincopada de tororó): tempestade, chuva forte.
Tororó (língua geral?): fonte, bica; conversa fiada.

O QUE É CULTURA?...


Cultura é o conjunto de conhecimentos, baseado em experiência de vida, ou seja, todo o aprendizado de um povo, através de sua história, nos diversos aspectos da vida, seja social, intelectual ou religiosa. Do Latim colere, que significa cuidar, cultivar o solo.


sábado, 19 de maio de 2012

CULTURA E IDENTIDADE


O município de Brejo do Cruz foi aprovado pelo Selo UNICEF, edição 2007-2009 e continua concorrendo na edição 2009-2012,  para participar, com as escolas urbanas e rurais, do estudo das influências afro-indígenas na nossa cultura. O objetivo é estimular, crianças e adolescentes a reconhecer, valorizar e preservar as culturas afro-brasileira, africa-indígena, para o fortalecimento da política de educação para a igualdade étnico-racial. O que deu início à cultura Brasileira, foi a fusão das influências, no período colonial, das culturas indígena, africana e portuguesa. 


O Selo UNICEF - Município Aprovado é um reconhecimento internacional que o município pode conquistar pelo resultado dos seus esforços na melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes. A partir de um diagnóstico e de dados levantados pelo UNICEF, os municípios que se inscrevem passam a conhecer melhor sua realidade e as políticas voltadas para infância e adolescência. Com dados concretos e participação popular, o município tem condições de rever suas políticas e repensar estratégias de forma a alcançar os objetivos buscados, que estão relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

A cultura Africana chegou ao Brasil, através do trafico negreiro, e mesmo na condição de escravos, a influência dos Africanos foi  um elemento forte, formador da nossa cultura. Tendo o Brasil, a maior população de africanos, fora da África, essa predominância cultural é marcante principalmente na nossa região nordestina, tanto na música, culinária como na  religião.
Os povos indígenas, os primeiros habitantes do Brasil, contribuíram para o nosso caldeirão cultural com influências na língua, culinária, folclore e usos de objetos como a rede de dormir, tão popular e necessária na nossa região, apesar dos colonizadores terem praticamente destruído a população indígena, física e culturalmente.